Novo referencial ISO vai permitir a quantificação dos impactos climáticos de um vasto grupo de emissões
A quantificação dos impactos climáticos, recorrendo a sistemas de contabilização, incide principalmente na medição do dióxido de carbono ou metano, como principais emissões de gases de efeito estufa (normas da série ISO 14064), não abrangendo emissões de outras substâncias que também contribuem para as alterações climáticas.
A ISO - International Organization for Standardization, com a colaboração de um conjunto de especialistas, está trabalhando em um novo referencial que vai permitir quantificar os impactos climáticos de substâncias que atualmente não são facilmente quantificáveis. Esta quantificação está baseada em um conceito com o nome de forçagem radiativa (radiative forcing), que é a diferença entre a energia do sol absorvida pela terra e a energia irradiada de volta ao espaço. Quando a energia recebida excede a energia que sai, a atmosfera da Terra aquece e as temperaturas globais aumentam.
Brittin L. Boenning, responsável pelo comitê da ISO que está desenvolvendo este novo referencial - ISO/AWI 14082 Radiative Forcing Management - Guidance for the Quantification and Reporting of Radiative Forcing - based climate footprints and mitigation efforts – relata que na ISO 14064 não são contabilizadas substâncias como o carbono preto e outras partículas, uma vez que não se enquadram na definição de gás. Esta nova norma vem permitir a medição e cálculo destes influenciadores climáticos.
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